sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sim, nós podemos


Estamos vivendo um momento histórico. Dois importantes acontecimentos marcam um momento de mudança global. A crise econômica e a vitória de Barack Hussein Obama para presidente dos Estados Unidos.
São dois fatos que representam uma ruptura com o modelo dominante nas últimas décadas, que encontrava apenas alguns contrapontos pelo mundo (Venezuela, Bolívia, por exemplo). Considero que estamos, enfim, vivendo a derrocada do neoliberalismo. Tanto a crise do sistema financeiro quanto à vitória de Obama demonstram a importância do papel do Estado, a relevância de políticas sociais.
É claro que a história não se faz com momentos específicos, mas deve sim ser percebida como um processo e são momentos como estes que tornam mais evidentes a mudança de rumo no processo histórico. A subserviência da política e sociedade à economia parece estar mudando, senão diminuindo, pelo menos sendo revista.
Ainda não sabemos que momento novo estamos vivendo, se teremos um neodesenvolvimentismo, neokeynesianismo, ou apenas um neoliberalismo mais light. Uma coisa é certa: seja qual for o rumo daqui para frente, torna-se cada vez mais imperioso uma participação mais efetiva da sociedade civil, dos movimentos sociais, das ONGs, das associações, dos sindicatos, do “cidadão comum”, no sentido de um mundo mais voltado ao ser humano e ao meio ambiente. Se é preciso algo novo para impulsionar maiores mudanças, acredito que, em termos mundiais, este é o momento. Claro que não acabaremos com a ganância, com o individualismo egoísta, mas creio que é possível melhorar. Como diz o slogan da campanha de Obama: “sim, nós podemos”. Podemos fazer diferente, podemos ser pessoas melhores, podemos ter uma cidade melhor, um Estado melhor, um país melhor e, quem sabe, um mundo melhor. E isso depende da vontade e da participação de cada um e não do presidente dos EUA ou de qualquer país. Acredito sim que, se quisermos, se lutarmos, um outro mundo é possível!

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